26 de dezembro de 2007

dos aromas na janela

de repente da janela
em frente ao mar imenso,
e o vento da noite
me veio o cheiro de rio,
cheiro de planta na terra
que passa nas suas entranhas

e eu não sei de onde vem.
nem quando partirás.

Saudade de um interior.

22 de dezembro de 2007

Himell

e o céu pôs-se de lado,
quando a vida à fora te chamou;
desvelando o passado,
guardando-o num canto, mesmo quieto.

e o seu céu fez-se ainda mais triste,
e os seus olhos cheios
d'água pesaram, penosos, em si
[e nela]

e a cada passo seu dado,
o céu claro, multicores, fez-se cinza.
e jogando com desprezo
cada cor abaixo de uma nuvem,
nublou-se, e nublado ficou.

[já era tempo de ir, e de se abrir]

e ela se foi, levando o sol e
deixando [só] a chuva...
que molha as lágrimas secadas
de quem olhar pro céu

( Autoria de Juliana e minha. Visitem-na! )

21 de dezembro de 2007

anda aí

eu vou bem por ali
e se me virem?
diga que eu ri

me mandei,
parti,
vou praí,

não me pergunta
onde eu vou
fica no silêncio do
seu caminho

não sei onde
estou longe
saí daqui.

e se [eu] me vir?
digam que eu ri.

17 de dezembro de 2007

Porque em você estão
essas coisas tão mais lindas
De onde você estiver,
serás sempre a mais querida

E por ver-te assim, sempre,
é que escrevo esses versos-elogios
pra dizer-lhe que nunca esqueça
que sua candura afasta qualquer frio:

Hoje você é
e vai ser sempre,
a que mais brilhará, e

Seu brilho, seu rosto
em riso, seu jeito,
sorriso e a candura
de ser tão assim

serão [tenho certo]
sempre assim

que bem sei:

de tudo
[que existe de inspirar em você]
há de ficar um pouco
[aqui, no peito]
em mim.

10 de dezembro de 2007

aleatório

vento sopra,
sol arde,
mar teima
mar bate
pessoas que vem e vão
pingando suor
no ardido chão

suportando a tediosa
vida, vencendo-a,
cansando-se

um perder dita
mais que um ganhar

há um preocupar-se, mais que
viver-se

há um ansioso desespero nos cercando
sufocando,

prendem, matam, calam
o que tem de melhor

param.

7 de dezembro de 2007

pedidos

nunca pedi tanto a deus
pra te por perto de mim
assim nem que
fossem cinco minutinhos
só pra me abraçar
me dar um beijo confortar e
ir embora juro tudo
que eu peço agora sem
demora é você um pouco de
você e mais você
pra eu poder me
sentir mais seguro e menos
sozinho nesse mundo
por favor faz de conta
que você tá perto de
mim e me abraça sem virgula sem
texto sem preto e branco
só colorido cheio de
vida eu e você e
mais ninguém por favor...

3 de dezembro de 2007

[cor]-r-[e][dor]

Sua melancolia veste a fantasia
faz-se alegria, mesmo que finda,

faz-se [de linda], [forja]da simpatia
instaura a folia efêmera dos
que se sabem tristes,

dos que
não estão, mas o são. Melancolicamente
o são.
e quando sua ferida aberta, [dor

de saber-se sempre farta]
de tudo [toda]
extingue-se,

transforma em
cinzas a alegria,
que já está pra nascer.[no amor]
[e que saber-se-á-------(mor)t(a-)
antes de sê-la...]