24 de novembro de 2007

sobre as formigas

veja você o trabalho
cansativo e tedioso
da pequena formiga:

bichinho tão insignificante,
de uma só não faz nada
de muitos, parece gigante

levou meus doces todos,
a barriga e as perninhas
da barata [marque a luta
desvairada que tiveram]

carrega tudo nas costas,
a formiga - não reclama
de nada - trabalha
que nem sente

morre com uma piscada
aliás, um dedo as mata

mas se em volume...
carregar-me-ão as unhas
e as patas!

5 comentários:

Filhas da Pagu disse...

Tudo bem, seus comentários são sempre mais detalhados, de qualquer forma, se me permite, esse texto é uma graça. Mesmo.
Parabéns!
Karol

Suhelen disse...

e a gente vivendo diariamente sobre as formigas nem consegue alcançar a grandeza [in]significante delas...

adorei este espaço numa piscada!

beijos

Juliana Almirante disse...

[sobre o seu comentário]

aquele verso é antigo
[não fala sobre o presente]
aquele amor é presente
[mas já virou silêncio]
e lágrimas, também.

masss,
quanto as formigas...
aqui em casa tem aos montes
e elas me mordem dos pés à cabeça
se não, são apenas imaginárias e fico procurando elas incessantemente pelo corpo...rs.

Isabel disse...

Adoreii pp
e quanto ao q a gente conversou nakele dia...bom as adversidades servem para nos entristecer mais pra nos tornar mais fortes..tenha certeza q por ser feito de carne vc e tds estão sujeitos à dor eternamente.Mais o sofrimento é a sua portura diante desta, e a felicidade só depende do que vc acredita e confia!
td de bom e brigado pelos lindos poemas( e pelas provas tb)
bjão

Geovane disse...

Formigas: bichinhos da rotina.
Formigas: em muitas, são fortes.
Rotina: quando muita, é forte...