que mais - no silêncio -
queres que eu faça?
resguardo-me, silêncio.
silEncia.
grita pra si, sim, pra você mesmo
pra ti, grita pra dentro e explode
o que tem de emoção numa
implosão que desmorona teu sentimento
teu corpo interno
teu corpo interno não é mais teu
é uma mistura do que seríamos
ou ser-v-amos tu e eu
uma amálgama, uma mágoa, uma nódoa
que se sabe sentida, não se sabe quando
nem onde, coroai meus [e seus] erros
coroemos então, corremos e
cuidemos de toda essa excessividade
toda essa promiscuidade que se transformou
essa seu ser interno,
esse dragão que não vê a luz
que mora dentro de você e grita
que mora dentro de você e chora
que mora dentro de você e ri,
ri de você, de estar aí dentro
de saber-se unicamente superior a
sua força, ao seu ser,
que te faz enxergar a enchente,
a inundação, essa que te invade e
cisma em exceder-se em lágrimas
saindo pelo buraco dos seus olhos
já tão marcados e machucados
já tão inundados.
Um comentário:
palavra massa essa, hen? amálgama!
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