23 de outubro de 2007

algazarra

veja-os brigando![vamos! briguem!]
note sua fraqueza

Deus, tenha piedade
guarde-lhes às múltiplas almas
e suas faixas de sangue
puídos no corpo e no mundo

deixe-os com a sensação
de vidas marcadas
num qualquer-lugar à ser visto

marcados numa tela de tv
ligue-os,
deixe-os ver o próprio
sangue, a própria derrota
multifilmada

seu próximo blockbuster,
seu novo bestseller,
sua nova pílula alienativa
sua perda calculada
seu ressucitar pro silêncio,
seu cegar-se

e saia.

saia e faça com que tudo que te pertence [suma contigo]
vá brilhar numa quietude qualquer

numa cidade qualquer
de silêncios [quais quer?]
[silenciosamente barulhentos e] tumultuadamente quietos.

6 comentários:

dän disse...

estranho... ao ler, lembrei do garoto de 16 anos que foi espancado por punks esses dias. a violência nas grandes cidades está cada vez pior. acho que Deus já se mudou faz tempo viu...rs.

Mel. disse...

Imaginei uma cena de filme americano com copos voando, choro e alguém batendo a porta.

Anônimo disse...

O silêncio também agride. E demais.
Às vezes preencher vácuos com palavras me dói. Mas o silêncio de quem gosto dói mais ainda, e fere.

Você me toca, Pedro. Demais.
Beijos ;***

Anônimo disse...

Obrigada por visitar meu blog. Gosto de tdo q é forte, q marca presença. Quem escreve, tem q dizer a q veio. Texto controverso, hein? Alternei entre a calma e a violência ao lê-lo.

Bjs, Rosane.

OAlbergueiro disse...

bem loco o escrito...bem loco...saudações

Unknown disse...

Pedro, gostei por demais deste aqui...mais e mais blockbusters vao surgir , mais e mais alucinógenos, tarja preta, best selers, perversões, mortes,vazio ...