22 de setembro de 2007

gritaria

pai, mãe
venham, apiedem-se de mim
minha pobre mente - dói -
meu coração - quebrou-se -
meu corpo há de salvar-se

o inferno é um estar em mim...

mande-me um padre,
mande-me alguém, aqui, agora
quero que rezem por mim

mande rezadeiras, curandeiros, doutores
mande-os virem até aqui
imploro - me curem

curem minha mente,
meu coração,
curem minha vida...

numa manhã de maio,
eu a vi
pequena moça

enrolada num linho branco
eras tu,
nada mais além de tu.
nada mais além da chaga

eis a dor
ei-la a praga
enrolada num pano
embebida em rancor...

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!!

Encontrei seu blog por acaso e adorei!
Escreve muito bem! =]


beijo

Fabiola disse...

gostei muito desta tbm..
mas por que tem reticencias no final?
saudades....