1 de abril de 2007

passam na caixa cinza
sangue por dentro do ferro
caixa fechada
coberta de lágrimas [lacrada com lágrimas]
choram crianças sem saber
- pais e mães mortos -
que é que se vai dizer?

conviva-se, então, com as tragédias
televisionadas
as mães enquadradas com suas dores
escancaradas
arrancam-se filhos num dia,
e os pais se vão no outro...

até quando chorá-lo-emos
até quando?
quantos pais e mães sofrerão?
quantas crianças - sem eles -
ainda hão de haver?
quantos lutos, quantos hélios,
quantas rosas, quantas mortes,
quantos adeuses ainda veremos,
meu Deus?


me resta, como disse o poeta
a esperança de que meus
dessemelhantes possam
- um dia, se espera... -
aprender.

e resgatar aquele
sentimento que foi
perdido
do lado de lá...

3 comentários:

Anônimo disse...

irmão poetero, colocando a realidade em versos DE CORAGEM!
rimo :}
bjo

Avó do Miau disse...

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Uma Páscoa Muito Feliz, deseja a Daniela

Isa disse...

Poema lindo e triste, e de uma sensibilidade incrível.

"quantos lutos, quantos hélios,
quantas rosas, quantas mortes,
quantos adeuses ainda veremos,
meu Deus?"


Beijo pra vc.