28 de fevereiro de 2007

de quando se anda

enquanto a mente
vaga pelo espaço
pés com qualquer coisa
pisam no asfalto

jogam lama pra cima
lamúrias pra baixo

mentes atuam
na surdina
gritos, ecos, brados

senhores austeros
e seus pés descalços
velhas e seus buços
imensuráveis
à praguejar ao infinito

das calçadas, das vielas
e dos becos
as ruas trazem
marcas efêmeras
de sapatos passageiros

e de mim, tenho como par
meu suor, a lama e o ar.

Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.