enquanto a mente
vaga pelo espaço
pés com qualquer coisa
pisam no asfalto
jogam lama pra cima
lamúrias pra baixo
mentes atuam
na surdina
gritos, ecos, brados
senhores austeros
e seus pés descalços
velhas e seus buços
imensuráveis
à praguejar ao infinito
das calçadas, das vielas
e dos becos
as ruas trazem
marcas efêmeras
de sapatos passageiros
e de mim, tenho como par
meu suor, a lama e o ar.
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